Mateus 5.5 -- "O manso"
Reflexões no Sermão do Monte • Sermon • Submitted • Presented
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Transcript
Mateus 5.4
Mateus 5.4
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Introdução
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OBSERVAÇÕES DO TEXTO
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Quem são os Mansos?
A palavra mansidão é notoriamente de difícil definição. Certamente não é fraqueza de caráter. Ao contrário, é uma força humilde que faz parte do homem que aprendeu a submeter-se às dificuldades (experiências difíceis e pessoas difíceis), sabendo que em tudo Deus está cooperando para o seu bem. O homem manso é o homem que compareceu ao julgamento de Deus e abdicou de supostos “direitos”. Ele aprendeu, em gratidão à graça de Deus, a submeter-se ao Senhor e a ser gentil com pecadores.
FERGURSON, Sinclair B.
Vamos observar duas ilustrações bíblicas que são singulares no que diz respeito a mansidão?
1. Moisés:
Ele era o homem mais manso de sua época (Nm 12.3). Contudo, o registro de sua vida nos ensina que esta não era a sua disposição natural. Esta foi uma qualidade que Deus forjou em seu caráter durante muitos anos e com muita paciência.
Quando ele era jovem, era provável que teria sido autossuficiente, e como muitos assim, é possível que tenha sido impetuoso e obstinado. Em Atos 7.25 está escrito:
25 Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam. (ARA)
O texto parece indicar que Moisés tinha a impressão de que o Senhor o estava chamando para liderar e libertar os israelitas. Ao matar o egípcio que maltratava o israelita, ele “pensou que seu povo compreendia que Deus o estava usando para resgatá-los” (At 7.24).
Mas ali, Moisés não era o homem mais manso da terra. Foram necessários quarenta anos na solidão e no isolamento do deserto — cuidando de ovelhas ao invés de pastorear Israel — com isto o espírito natural de Moisés foi subjugado por Deus e o Senhor o tornou submisso. Iniciando o chamado comunicado em Ex 3.1ss.
Fergurson diz que: “Esta mansidão ‘do reino’ diz muito respeito ao que Deus opera em nós, embora raramente reconheçamos esse operar”.
2. Jesus:
O Nosso Senhor Jesus Cristo, é “manso e humilde de coração” (Mt 11.29).
O profeta Isaías assim descreve Jesus, como o Senhor de deus: [que] “Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça” (No sentido de: não chama atenção para si.) “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade promulgará o direito.” (Is 42.2-3).
Todos os servos de Jesus são chamados para partilhar destas mesmas qualidades.
Vide o apóstolo Paulo, que ao ser confrontado por uma congregação — sendo que para com esta poderia “demonstrar força” — apela aos coríntios “pela mansidão e benignidade de Cristo” (2Co 10.1). Tanto que do mesmo modo Paulo enfatiza para Timóteo que este deve seguir a mansidão e benignidade (1Tm 6.11). Até mesmo no até de instruir, o servo do Senhor deve ser suave (2Tm 2.24-25).
Sobre isto, Fergunson diz:
É provável que não haja característica mais bela no cristão do que a mansidão. Esta fortalece a masculinidade, adorna a feminilidade; é uma joia polida pela graça. É muito rara, contudo. Acaso seria porque poucos de nós sabem o que significa ser pobre de espírito? Porventura por que não sabemos o que lamentar e prantear pelos próprios pecados quer dizer?
E mais:
Pobreza de espírito, lamentar e prantear sobre o pecado, mansidão espiritual — todas essas marcas, que repousam sobre aqueles que têm a vida do reino, podem ser imitadas. Podemos falsificá-las. No entanto, à semelhança de uma pedra que, lançada ao ar, parece desafiar a lei da gravidade, subindo enquanto perde velocidade até que, repentinamente, despenca e, por fim, volta ao chão, assim sucede a toda imitação barata da graça de Deus. Elas “são incineradas” quando retornam à atmosfera deste mundo. Essas imitações não conseguem se manter em um mundo caído. Somente o que é verdadeiro subsistirá.
E então? Você está entre os que herdarão a terra?